Ficamos felizes com a sua presença!

Escola De Educação Infantil Vovó Esther
Rua Três Pedras, 288 Vila Alpina São Paulo
Telefone: 2917-1547
e-mail: escolavovoesther@hotmail.com

sexta-feira, 16 de março de 2012

EVOLUÇÃO DO DESENHO OU GRAFISMO INFANTIL ATÉ SETE ANOS

IDADE DE 2 A 3 ANOS

FASE: GARATUJA INFORMAL

Características:
  • Traços ou linhas sem direção definida;
  • Massa ou mancha de rabiscação;
  • Movimento muscular;
  • Balbucio gráfico;
  • Não há preocupação com o espaço da folha;
  • Coordenação incipiente.
Procedimentos metodológicos sugeridos:
  • Desenhos com lápis grosso;
  • Pintura a dedo e com pincel grosso;
  • Recorte e colagem ( com os dedos);
  • Modelagem com massinha.

IDADE DE 4 A 5 ANOS

FASE: PRÉ-ESQUEMÁTICO: DA LINHA AO GIRINO

Características:
  • Controle visual mais acentuado, começo da relação visual e o objeto que desenha;
  • Percepção de formas, sem conseguir representá-las;
  • A figura humana é representada como um girino: a cabeça é um círculo com um par de linhas representando as pernas. Desenhos por justaposição.
Procedimentos metodológicos sugeridos:
  • Todas as técnicas acima citadas;
  • Modelagem com argila;
  • Pintura com guache e/ou anilina doce;
  • Construção;
  • Tecelagem e alinhavos.

IDADE DE 5 A 7 ANOS

FASE: ESQUEMA OU SIMBOLISMO

Características:
  • Melhora das relações visuais entre o desenho e o objeto;
  • A figura humana é reproduzida aos seis anos. São representadas as partes (cabeça, corpo, braço, pernas, etc), simbolicamente, com formas geométricas e linhas;
  • Desenho com a linha de contorno, aos poucos é iniciado o preenchimento do espaço interno;
  • Ainda não é representada a linha de base;
  • O colorido não acompanha uma observação do real. É fantasioso.
Procedimentos metodológicos:
  • Com cautela, iniciar trabalho em grupo, duplas ou mais crianças em um painel;
  • Modelagens, pinturas, recortes, construção, colagens mais adequadas à idade;
  • Respeitar as desproporções e o colorido;

Lembre-se de:
  • Considerar o momento da realização no trabalho das crianças é o mais importante;
  • Valorizar o trabalho da criança sem críticas ou comparações;
  • Deixar que a criança gire o papel em diferentes posições e não interferir se ela usa preferencialmente a mão esquerda;
Para seu trabalho é importante:
  • O ambiente da sala de aula, pois um local acolhedor é um fator que interfere na capacidade criadora da criança;
  • O conhecimento da comunidade de onde a criança vem para que se possa levar em conta suas experiências anteriores;
  • A utilização de materiais e recursos do próprio meio em que a criança vive: as tintas naturasi das resinas, flores; as fibras e os bambus; a variedade da terra; supermercados, padarias, indústrias, museus e pontos pitorescos da cidade; os meios de transporte e os de comunicação.
  • O relacionamento natural e espontâneo com os alunos;
  • O contato com a família da criança.
O professor deve:
  • orientar a criança sem oferecer modelos;
  • Oferecer meios para que a criança conheça a omunidade onde vive.
Na reação das crianças atente para:
  • Suas satisfações, frustações, resistência a certos materiais, expressão oral, habilidades, dificuldades, possibilidades de explorar.
Organizando o ambiente de trabalho:
A sala de aula deve ser: arejada; bem ilumindada; equipada com o essencial; mobiliada com propriedade; atraente; agradável. Deve ter: decoração alegre, lousa e painel baixos, piso limpo, material para ser manuseado, armários e prateleiras numa altura em que as crianças alcacem.

Enquanto houver interesse da criança pelo tema trabalhado, a decoração da sala pode permanecer. Entretanto, você deve evitar a poluição visual.

Procure proporcionar a seus alunos:
  • Situações nas quais tenham opções de escolha e livre acesso ao material com que irão trabalhar;
  • Rodízios de equipe encarregadas de guardar materiais usado, de fazer a limpeza dos pincéis, etc.
  • Variedades de cores e tipos de tintas, conservadas em potes plásticos de boca larga.
Aproveite o espaço disponível:
  • Prendendo, embaixo da lousa, uma cordinha e com pregadores pendurar pinturas para secar, desenhos, recortes e colagens.
  • Colocando ganchos na madeira da lousa e prendendo neles uma corda que formará um varal desmontável.
Organize alternadamente cantinhos de beleza, das bonecas, das novidades, das artes, música, dos jogos e brinquedos, dos estudos, dos painéis, etc.

É muito simples organizar os cantinhos para o desenvolvimento das atividades. A escolha dos móveis depende das possibilidades existentes. A sala de aula é um verdadeiro laboratório onde as crianças observam, pesquisam, experimentam e criam. É indispensável torná-la agradável, atraente e alegre.

Onde guardar:
  • os papéis, já cortados e separados, devem ficar ao alcance das crianças, ou seja, em uma prateleira baixa do armário.
  • As tintas devem ser colocadas, já preparadas, em copos plásticos ou em vidros de boca larga, dispostos em caixas divididas de acordo com o tamanho dos copos ou vidros. Você pode utilizar as embalagens de iogurte.
  • Os pincéis, após terem sido lavados e trem secado com a ponta para cima, devem ser guardados em recipiente de boca larga. Para que o recipiente não vire, deve ser colocado no fundo, pedrinhas ou areia.
  • Os lápis de cera e os pincéis hidrográficos devem ser guardados em caixas de madeira ou papelão, separados por cor e espécie. A criança aprende a zelar pelo material, cuidando de sua organização durante e após a atividade.
As atividades de arte não precisam necessariamente ser desenvolvidas dentro da sala de aula. Seu local pode variar.

O TELEVISOR



     A professora Ana Maria pediu aos alunos que fizessem uma redação sobre o que eles gostariam que Deus fizesse por eles. à noite, corrigindo as redações, ela se depara com uma que a deixa emocionada. O marido, nesse momento, acaba de entrar, a vê chorando e lhe pergunta:
     - O que está acontecendo?
     Ela respondeu:
     - Leia! (era a redação de um menino).
     "Senhor, esta  noite te peço algo especial: transforma-me em um televisor. Quero ocupar o seu lugar. Viver como vive a TV de minha casa. Ter um lugar especial para mim, e reunir minha família ao redor... Ser levado a sério quando falo... Quero ser o centro das atenções e ser escutado, sem interrupções nem questionamentos.  Quero receber o mesmo cuidado especial que a TV recebe quando não funciona. E ter a companhia do meu pai quando ele chega em casa, mesmo que esteja cansado. E que minha mãe me procure quando estiver sozinha e aborrecida, em vez de ignorar-me. E ainda, que meus irmãos "briguem" para estar comigo. Quero sentir a minha família deixar tudo de lado, de vez em quando, para passar alguns momentos comigo. E, por fim, que eu possa divertir a todos. Senhor, não te peço muito... só quero viver o que vive qualquer televisor!"

     - Coitado desse menino, disse o marido de Ana Maria. Nossa que coisa esses pais!
     E ela lhe observa: essa redação é do nosso filho!

Autor desconhecido

A MÃE MAIS CHATA DO MUNDO

    

 "Enquanto outras crianças comiam doces no café da manhã, eu tinha que engolir copo de leite. Enquanto os outros bebiam refrigerante o dia todo, minha mãe dizia "água ou limonada são mais saudáveis".
     Ela insistia em saber onde eu estava o tempo todo, dá até para pensar que eu era o seu pequeno escravo. Ela fazia questão de ficar a par de tudo o que eu fazia e quem eram os meus amigos. Confesso envergonhado de que às vezes, até levava umas palmadas, imaginem só bater numa criança só porque ela respondeu mal ou desobedeceu. Minha mão ousou quebrar a lei de proteção ao menor, verdade. Ela me fazia trabalhar, eu era obrigado a lavar a louça, arrumar minha cama e guardar minhas roupas, enfim... todas essas coisas horríveis que fazem parte do "trabalho doméstico".
     Ela insistia em que eu devia falar sempre a verdade e nada mais do que a verdade, e dizia: uma mentira leva à outra e é cada vez mais difícil voltar à verdade.
     Ela sempre me obrigava a fazer a lição de casa antes de brincar e eu só tinha permissão para assistir a determinados programas de televisão que ela mesma escolhia. E tudo isso sem mencionar que eu tinha que dormir cedo. Sempre  eu tinha aquela sensação de que minha mãe era a mais chata do mundo. Podia eu fingir que estava doente e ficar na cama num dia de chuva e faltar à aula? Jamais. E ainda mais, exigia de mim boas notas na escola. Inadmissível um boletim vermelho no boletim. às sextas-feiras à noite, tínhamos uma reunião de família (que chatice) enquanto meus amigos iam ao cinema e organizavam festinhas.
     Enquanto adolescente, poucas coisas mudaram. Enquanto meus amigos ganhavam mesadas dos pais, eu era obrigado a prestar contas de todos os meus gastos e sempre com minha mãe atrás. Consegui completar (e com que esforço) o colegial e em seguida a faculdade. Mamãe jamias me perdia de vista, vigiando-me para que eu sempre enfrentasse a realidade, sem jamais poder me esquivar de alguma situação mais difícil, e, é claro, sempre exigindo que eu falasse unicamente a verdade. Mamãe obrigou-me a crescer como adulto honesto e educado, temente a Deus e com um amor que só hoje posso compreender.
     A mãe mais chata do mundo é a pessoa que tornou o homem que sou hoje. E agora, quando vejo muitos dos meus amigo, que obtinham tudo sem qualquer esforço, com uma mãe "bacana" demais, então eu entendo e dou mais valor a minha mãe. Ela me ensinou a dar o verdadeiro valor às coisas, com ela aprendi a pensar não somente em mim, mas também na família e nos amigos. A lutar com empenho pelos meus ideais e a dizer sempre somente a verdade. Agora quando meus filhos chamam a mim e minha esposa de chatos, pelas mesmas razões, fico tranquilo e tenho a certeza de que algum dia eles compreenderão, porque são o que há de melhor em nossas vidas."

Autor desconhecido

PAIS BRILHANTES SÃO FIRMES E AMOROSOS



- Chore com seus filhos e abrace-os. Isso é mais importante do que dar-lhes fortunas ou fazer-lhes montanhas de críticas.
- Não forme heróis, mas seres humanos que conheçam seus limites e sua força.
- Faça de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.
- Estimule seu filho a ter metas.
- Lembre-se: conversar é falar sobre o mundo que nos cerca.
- Dialogar é falar sobre o mundo que somos.
- Abraçar, beijar, falar espontaneamente.
- Contar histórias.
- Semear idéias.
- Dizer não sem medo.
Não ceder a chantagem.
- Para educar é necessário paciência.

Augusto Cury

A ESCOLA



"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Sem comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem.
è conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Numa escola assim é fácil
estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se,
ser feliz!"

Paulo Freire

EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE por Paulo Freire

O pensamento do educador. Ideias extraídas de seus livros A Prática da educação.

     A melhor forma de ensinar é defender com seriedade, apaixonadamente, uma e/uma posição, estimulando e respeitando, ao mesmo tempo, o direito ao discruso contrário. Estará ensinando, assim, o dever de brigar por nossas idéias e, ao mesmo tempo, o respeito mútuo.
     Numa visão progressista, o treinamento puramente técnico não é suficiente. O trabalhador tem o direito de saber a razão de ser do procedimento técnico, de refletir sobre as implicações da tecnologia, seus avanços e riscos - não um simples ato de acionar válvulas.
     É fundamental para nós, profissionais de várias especialidades, ter uma posição crítica, vigilante, indagadora, em face da tecnologia. O objetivo a atingir é a possiblidade de se exercer o controle sobre tecnologia e pô-la a serviço dos seres humanos.
     Todos os profissionais tem o direito de saber como funciona sua sociedade, de conhecer seus direitos e deveres, de conhecer sua história e o papel dos movimentos populares. Todos nós profissionais temos que ter uma compreensão de nós mesmos enquanto seres políticos, sociais, culturais.
     Uma visão ingênua da prática educativa e vê-la como prática neutra, a serviço de ideias abstratas. A impossibilidade de ser neutro ou apolítico é que exige do educador uma ética: o que me move a ser ético é saber que a educação é política. Respeitar os educandos e não mentir para eles dizendo que estudar não tem nada a ver com o que se passa no mundo lá fora.
     Mas essa intervenção do educador deve ser não a propaganda ideológica mas sim o trabalho através do qual as pessoas vão assumindo como sujeitos curiosos, indagadores, como sujeitos em processo permanente de busca, de descoberta da razão de ser das coisas.
     Ensinar não é uma simples transferência de "conteúdo" ao aluno passivo. É considerar - e não subestimar - os saberes de experiências, o saber de senso comum, o saber popular. Partir sim desse saber - o que não significa "ficar nele" é um direito de todos: descobrir a razão de ser das coisas não deve ser privilégio das elites.
     É necessário entender como os grupos de trabalhadores fazem sua leitura do mundo, entender sua "cultura de resistência", entender o sentido de suas festas, ver a riqueza de sua fala e de seus símbolos.
     Compreender o movimento contraditório entre rebeldia e acomodação. Outra responsabilidade nossa é a coerência entre o pensar e o falar, entre o falar e o fazer. Mas a coerência não é imobilizante; posso mudar de posição no processo agir/pensar. Minha coerência necessária, se faz então com novos parâmetros. Sonhar faz parte da natureza humana - um sonho possível, uma utopia. Denunciar um presente cada vez mais intolerável, colocar um futuro a ser construído por nós. Mudar a linguagem faz parte do processo de mudar o mundo: não é preciso esperar que o mundo mude para se mudar a linguagem. A incontinência verbal, o palavreado irresponsável são um equívoco, não tem nada a ver com uma compreensão correta da luta. Suas consequências apenas retardam as mudanças necessárias.
     O processo de educação não se completa na etapa de desvelamento de uma realidade, mas só com a prática da transformação dessa realidade. Essas duas práticas - conhecimento e transformação - formam uma unidade dialética.

Por Paulo Freire

quinta-feira, 15 de março de 2012

ANTES QUE ELAS CRESÇAM

    

      "Há um período em que os pais vão ficar órfãos dos seus próprios filhos.

     Em que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados e crescem sem pedir licença. Crescem com estridência alegre e, às vezes, com aleardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você, no terraço, e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
     Onde é que foi crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê aquele cheirinho de leite sobre a pele? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaço e amiguinhos, e o primeiro uniforme do maternal?
     A criança está mcrescendo num ritual de obediência organizada e desobediência civil. E você agora está ali na porta da discoteca esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. Ali estão muitos pais ao volante esperando que saiam esfuziantes sobre patins e cabelos soltos. Entre hamburgues e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros, ou então, com a blusa amarrada na cintura. Está quente. Achamos que vai estragar a blusa, mas não tem jeito, é o emblema da geração.
     Pois ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e das ditaduras das horas. E eles crescem meio amestrados, observando nossos erros.
     Há um período em que os pais vão ficar órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençõis da infância, e os adolescentes cobertos daquele quarto cheio de adesivos, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não os levamos suficientemente ao parque de diversões, ao shopping, não lhes demos suficientes hamburguers e Cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas merecidas. Elas crescem sem que esgotássemos nela todo afeto.
     No princípio subiam a serra, ou iam à casa da praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, Natais, Páscoas, piscinas e amiguinhos. Sim, haviam brigas dentro do carro, a disputa pela janela, pedidos de chicletes, sanduíches e cantorias infantis. Depois chegou a idade em que viajar com os pais passou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível largar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram. Mas de repente morriam de saudades daqueles "pestes".
     O jeito é esperar. Qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e desitribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar nosso afeto.
     Por isso é necessário fazer alguma coisa antes que eles cresçam".

quarta-feira, 14 de março de 2012

COMEÇAR A ANDAR

Com o apoio dos pais, os bebês se sentirão mais seguros para dar os primeiros passos.

     Andar é um grande marco de independência para a criança. A liberdade de ir e vir amplia a comunicação do bebê com o ambiente, pois estimula a curiosidade. O filho que começa a andar vai, naturalmente, explorar muito mais cada cantinho da casa, encontrar desafios, descobrir novidades, querer compartilhar todas as suas aventuras com os pais.

Limites e apoio

     Essa época propicia momentos deliciosos de conversas, perguntas, xeretices, surpresas e, claro, limites - "Ali, não", "Não pegue isso", "Desça daí"... Também podem ser momentos de insegurança para a criança. Andando, ela se afasta dos pais, mas não quer perdê-los de vista. Logo volta para conferir a presença deles. Por isso é tão importante o apoio dos pais, encorajando o filho a andar, mas sempre prontos a acolhê-lo quando volta ou tropeça no meio do caminho. Tenha paciência com seu pequeno andarilho, lembrando-se de que esse, como todos os avanços no desenvolvimento infantil, pode ter reflexos no comportamento. Entre eles, ficar mais manhoso e apegado ou, ainda, ter o sono agitado.

Como ele conseguiu

     Andar é uma das tarefas mais difíceis de a criança aprender. Além de manter a coluna ereta, ela precisa de equilíbrio, noção de espaço e controle muscular. Saiba como esse processo amadurece.

- No quarto mês, quando o bebê começa a segurar o pezinho, é sinal de que já está usando a musculatura das pernas.
- Pouco depois, também passa a se virar, girando a cintura.
- Lá pelo sexto mês, o bebê fica sentado com apoio.
- Por volta do oitavo mês, sentado sem apoio, ele coloca as mãos no chão. E, num piscar de olhos, vai estar engatinhando pela casa. Alguns beb~es pulam essa fase e já passam para a próxima.
- Sentado, o bebê consegue se levantae e, apoiado, dar passinhos desengonçados. Só precisa, então, treinar mais o equilíbrio para andar.

Fonte: Revista Crescer
Autora do texto: Mônica Brandão
 

O DESENVOLVIMENTO DA FALA

Quando as crianças começam a ensaiar as palavras, o diálogo com elas fica muito mais gostoso e animado.

     É preciso estímulo e paciência, pois o aprendizado das crianças, dos sons simples até as frases completas com argumentação coerente, demora cerca de quatro anos. Tire as dúvidas sobre esse processo e saiba como incentivar seu filho.

Como o bebê aprende a falar?

     Ouvindo conversas, tentando imitar os sons, praticando e dando significado a cada palavra. Por isso, não é aconselhável conversar de forma infantilizada com a criança, pois ela ficará sem referência do que é correto. Também não é o caso de corrigí-la a cada tropeço. Basta repetir o que foi dito do jeito certo.

De que forma evolui a fala?

     Entre dois e quatro meses, o bebê pronuncia sons guturais. Lá pelo oitavo mês, é capaz de dizer sílabas simples, que só exigem a movimentação dos lábios, como "ma" e "pa". Com cerca de dez meses, essas sílabas se tornam mais elaboradas e ganham significado: paá é a comida, por exemplo. Por volta de um ano e meio, surgem pequenas frases com duas ou até três palavras. Aos três anos, a criança consegue manter uma conversação. Seu vocabulário pode alcançar cerca de novecentas palavras.

Que estímulos são bons?
     
     O principal é conversar muito com o bebê desde o nascimento. Ler livros para as crianças também é muito importante. As historinhas, além do estímulo que representam à imaginação, aumentam o vocabulário e a curiosidade sobre a linguagem. Cantar é outro bom estímulo. Leva a criança a perceber as sílabas, o ritmo e a entonação das palavras.

E se a criança demora a falar?

     Se ela não diz nenhuma palavra até os dois anos, talvez exista algo errado. Um especialista poderá analisar se o problema é apenas físico ou se indica falhas na audição ou nos processos cognitivos do cérebro. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, menores serão os prejuízos para a comunicação.

Autora do texto: Mônica Brandão  Revista Crescer.