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quarta-feira, 18 de maio de 2011

TRÁFICO DE ANIMAIS SELVAGENS


Objetivo: conscientizar quanto ao prblema do tráfico de animais silvestres, de modo que, as pessoas não comprem animais não legalizados.

Habilidades Trabalhadas: conscientização, respeito, observação e identificação.

Metodologia: sondagem, problematização, confeccção de folhetos informativos e campanhas de conscientização.

Materiais: Papel sulfite, cartolina, papel manilha ou craft, papelão, tesoura, cola, giz de cera e lápis de cor.

ATIVIDADE EM 4 PASSOS

PASSO I - SONDAGEM
     Em uma roda, interpele as crianças quanto à existência ou não de bichinhos de estimação em casa, nas casas de amigos e vizinhos.

PASSO II - PROBLEMATIZAÇÃO
  •      Assista previamente o documentário da ONG Renctas* e selecione alguns trechos que considere apropriados.
  • Prepare as crianças, por meio de conversas, para a visualização do vídeo. Após a projeção, questione: De que maneira podemos contribuir para a diminuição do tráfico de animais silvestres? Por que esse tráfico tem aumentado tanto? Você sabe o que significa extinção de animais?
PASSO III - FOLHETOS INFORMATIVOS E CARTAZES
Desenvolvimento: Divida cada folha de sulfite em 3 partes iguais (com a folha na horizontal, divida-a em 3 partes na vertical). Forme grupos de 4 componentes e distribua revistas e jornais com animais silvestres para recortarem. Coloque os recortes numa cesta e peça para cada criança escolher um ou dois bichinhos. Entregue a cada aluno uma parte do sulfite. Oriente os alunos a olarem os bichos nas folhas. As equipes devem pensar em palavras e frases de apelo. Seguidamente, escreva as frases e palavras selecionadas nos folhetos. Para os cartazes, utilize também as imagens de bichos recortadas, palavras e frases de apelo. Os cartazes devem ser fixados em locais da instituição, com grande circulação diária à comunidade educativa.
*www.renctas.org.br

TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES
     O Brasil é o país possuior de maior biodiversidade do planeta. De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), somos detentores de 23% de toda a fauna e flora mundial. Isso favorece a preferência dos traficantes de animais silvestres, que, em função da negligência das autoridades e da ajuda das populações locais, que em muitas vezes vivem em estado de miséria, movimentam algo em torno de 1,5 bilhão de dólares por ano, no Brasil, e a estrondosa cifra global de 20 bilhões. O tráfico de animais silvestres é a 3ª maior atividade ilegal no mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e de drogas. Ele ocorre por diversos motivos, entre eles, o desejo dos colecionadores internacionais, que pagam fortunas por espécimes ameaçados de extinção, e dos centros de pesquisa e conglomerados farmacêuticos, que retiram dos animais o princípio ativo de diversos medicamentos.
     A Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres) é uma entidade ambientalista, organização não governamental (ONG), criada em 1999 com o propósito de combater o comércio ilegal de animais silvestres. Segundo a Renctas, apesar de 84% dos brasileiros saberem que é crime manter animais silvestres sem comprovação de origem, um terço desse total já teve pelo menos um exemplar em casa. Anualmente, os traficantes retiram das matas brasileiras cerca de 12 milhões de primatas e aves. De cada dez animais capturados, somente um sobrevive às condições precárias do transporte. Este tipo de comércio é cada vez mais atrativo. Quando um espécime entra na lista dos animais em extinção passa a ser mais valorizado. Os compradores desses animais são, preferencialmente, os colecionadores particulares e os zoológicos da Europa, Ásia e América do Norte. Os bichos mais apreciados são a arara-azul-de-lear, o papagaio-de-cara-roxa, os mico-leão-dourado e a jaguatirica. De acordo com a Renctas, os colecionadores podem paagar até 60 mil dólares pela arara-azul-de-lear e 20 mil dólares pelo mico-leão-dourado. Os insetos também são alvos dos traficantes.
     O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiental) é o órgão ofocial responsável pela fiscalização, mas a precariedade na infra-estrutura e os reduzidos recursos inviabilizam essa tarefa. Há falta de fiscais e quando grandes apreensões são feitas, não há locais apropriados para o envio os animais para recuperação.

Fonte: Maria de Jesus P. A. Minga Revista Guia Prático para Professoras de Educação Infantil

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