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quarta-feira, 25 de maio de 2011

MENTIRA DE CRIANÇA

Entenda por que a criança mente e saiba como lidar com esse comportamento.

     Toda criança mente? A resposta é sim, mas muitas questões podem surgir sobre o assunto, entre leles como interpretar uma mentira, quando alertar os pais etc. Segundo Luciana Mathias da Silva, psicóloga clínica que atua junto aos professores e pais da Escola de Educação Infantil e Berçário Villa dei Bambini, uma vez que a criança convive com grupos sociais ela pode se utilizar da mentira, e esta pode ser vista como utilitária ou compensatória. Entenda a diferença e acompanhe outros esclarecimentos abaixo.


MENTIRA OU FANTASIA?

     Para Jean Piaget, antes dos seis anos a criança não faz distinção entre mentira, atividade lúdica e fabulação. Apenas pouco a pouco, após os oito anos, o mentir adquire dimensão intencional. Entre os dois e seis anos do desenvolvimento infantil, a criança pouco sabe distinguir o verdadeiro do falso, principalmente por se tratar de um período em que ela tem muito contato com a fantasia e com o imaginário. Para Luciana, porém, é por meio dessas experiências com o mundo da fantasia que a criança terá a possibilidade de assimilar o significado do mentir e suas consequencias no grupo social e para ela mesma.

UTILITÁRIA E COMPENSATÓRIA
  
   Nas escolas, muitas vezes encontramos a mentira utilitária entre os launos. Eles recorrem a ela quando desejam atender às expectativas da professora, chamar a atenção ou se livrar de alguma punição por conta de algo de errado que tenham feito.
     Menos comum, a mentira compensatória requer uma intervenção muito cuidadosa do professor. Ela pode estar relacionada, por exemplo, a um sentimento de baixo-estima da criança. Nessas situações, ela busca recursos internos compensatórios para dar conta de uma carga emovional com a qual não consegue lidar. Um exemplo é uma criança que, após a separação dos pais, fica um mês sem ver o pai. para compensar o sofrimento, conta para os colegas que passou um final de semana maravilhosos com ele.

A CONDUTA DO PROFESSOR

     Segundo a psicóloga Luciana, o professor deve analisar a situação, sempre respeitando o aluno. A conversa é a melhor medida a ser tomada, mostrando, amorosamente, as consequencias dessa atitude. Luciana, dá alguns conselhos para exercer no dia-a-dia:
  • Encoraje a criança a falar sobre seus sentimentos, frustações e medos, para que ela partilhe sua dor e amenize sua angústia.
  • Trabalhe os sentidos (sensoriais) nos alunos, para estimular o auto-conhecimento e ajudá-los a reconhecer os inúmeros sentimentos que rondam seus corações.
  • Ajude-os a identificar e desenvolver qualidades, elevando sua auto-estima e buscando outras formas de compensar suas perdas.
  • Para se evitar a mentira utilitária, pode-se trabalhar por meio de atividades que desenvolvam e despertem a consciência crítica da criança acerca dos valores morais e éticos de nossa sociedade. Porém, se perceber que a criança não consegue se controlar, avise os pais e oriente-os a buscar orientação profisional.
CENSURE COM CAUTELA
     O ato de mentir nunca deve ser reforçado, mas como já foi levantado, deve-se tomar cuidado com a forma de intervenção, pois a mentira tem sempre um significado para a criança. Quando não censurada, ela pode tirar vantagens da mentira e esta prática pode se tornar um terrível hábito, possibilitando se elevar para desvios de comportamento ou de carater.
     Em alguns casos, quando a função da mentira é quase vital para a criança, a fantasia se mistura com a realidade, e ela passa a viver em função desse mundo, alienando-se da realidade social. É importante observar esse aluno, pois, dependendo da frequência e da função da mentira em sua vida social, ela pode indicar certo grau de comprometimento em sua dinãmica psíquica.

O EXEMPLO DO PROFESSOR
     Para Luciana, é indispensável que o educador seja capacitado para detectar tais comportamentos nas crianças e seja consciente do seu papel na vida dos alunos, principalmente na primeira infância, fase em que a figura do professor se torna um ponto de referência no que diz respeito à formação de carater e de personalidade. "Neste sentido, o papel do professor não se restringe apenas ao conteúdo pedagógico planejado, mas tem grande peso na educação para toda a vida", argumenta Luciana.

CUIDADO COM AS PROMESSAS
     Sempre que prometer algo para seus alunos, busque cumprir com sua palavra. caso haja algum imprevisto, informe a eles o mais rápido pssível, pois desta forma se estará reforçando a prática o diálogo e não da mentira ou da enganação.

Fonte: Revista Guia Prático para Professoras de Educação Infantil

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